Talvez todos achem estranho a forma com que começo a escrever neste blog recente. Escrevo bem cansada. Vamos lá.
Estou nos períodos finais da graduação e confesso que não tenho mais o pique de quando comecei a trabalhar com mediação escolar.
Digo "trabalhar" pois considero tudo o que faço como trabalho, independente de meu vínculo ser de estágio não obrigatório remunerado ou particular. De 2010 para cá, muita coisa mudou, não sei se pra melhor, mas mudou.
Quando comecei a fazer mediação escolar, eu pouco sabia sobre o assunto. Cheguei na escola, me apresentei a diretoria e ela me disse: você começa amanhã com uma menina que tem paralisia cerebral. Não sabemos muita coisa, mas com o tempo você vai pegando jeito.
E logo fui eu desesperada, consultar o Google, livros e videos que falassem sobre paralisia cerebral. Passei um dia tenso, nervosa, sem saber como agir e pensando em como seria o encontro com a aluna especial daquela escola de educação infantil. E nesses 3 anos, aos poucos fui me encontrando, criando minhas próprias estratégias, onde pouquíssimas vezes pude contar com orientação constante sobre o que fazer, como agir para facilitar de fato, a aprendizagem dos alunos que acompanhei.
Fiz relatos, escrevi em cadernos e pretendo compartilhar o que eu for lembrando. Gosto da ideia do blog para compartilhar com quem queira saber sobre mediação. Somos pouco valorizados, pouco lembrados, mas muito solicitados, contraditório? quem sabe um dia isso mude.
